PSDB e MDB têm primeira reunião política após retomada de antiga aliança

Na segunda-feira, Reinaldo Azambuja, Sérgio de Paula, André Puccinelli e Waldemir Moka trataram sobre 2024

Daniel Pedra

Na segunda-feira, praticamente um mês após o almoço na casa da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, para a retomada da antiga aliança, as duas principais lideranças do PSDB e do MDB em Mato Grosso do Sul tiveram a primeira reunião política.

O encontro entre os ex-governadores Reinaldo Azambuja (PSDB) e André Puccinelli (MDB) ainda contou com as participações do ex-senador Waldemir Moka (MDB) e do secretário-executivo do Escritório de Relações Institucionais e Políticas do Governo no Distrito Federal, Sérgio de Paula (PSDB).

Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, a pauta do encontro foram as eleições municipais de 2024 em Mato Grosso do Sul, no qual os representantes dos dois partidos apresentaram o mapeamento feito nos 79 municípios do Estado para identificar os nomes para disputar as prefeituras dessas localidades.

Esse mapeamento foi acertado no encontro do dia 15 de maio, na casa da ministra Simone Tebet, quando também ficou definido que, onde o PSDB tiver um candidato mais forte, o MDB vai apoiar e vice-versa. No caso de cidades onde não será possível essa aliança, cada um terá o próprio candidato a prefeito.

A reportagem apurou que, como na maioria dos municípios comandados pelo PSDB os atuais prefeitos tentarão a reeleição, a possibilidade de aliança com o MDB é muito grande, com exceção das cidades em que há uma rivalidade já enraizada entre os prováveis candidatos das duas legendas.

ACORDO

Ainda durante a reunião de segunda-feira, foi reafirmada a parceria para a reeleição do governador Eduardo Riedel (PSDB) em 2026, quando o MDB não pretende lançar candidato ao cargo de chefe do Executivo estadual.

Outro assunto que voltou à pauta foi sobre a eleição para a Prefeitura Municipal de Campo Grande, onde o PSDB tem como pré-candidato o deputado federal Beto Pereira, enquanto o MDB conta com o ex-governador André Puccinelli.

Teria ficado esclarecido que não há nenhum tipo de acordo para que André Puccinelli tenha de abrir mão da sua provável candidatura ao cargo, como foi publicado por alguns órgãos de imprensa, em troca da indicação de sua filha, a advogada Denise Puccinelli, para ser a vice-prefeita na chapa de Beto Pereira.

O ex-governador Reinaldo Azambuja teria assegurado que não existe essa possibilidade e que André Puccinelli só não sairá candidato a prefeito da Capital caso não queira.

No fim do encontro, ficou acertado que novas reuniões serão realizadas mais adiante, conforme os nomes dos pré-candidatos a prefeitos no Estado pelos dois partidos forem surgindo.

RETOMADA

No almoço do dia 15 de maio na casa da ministra Simone Tebet, Reinaldo Azambuja disse ao Correio do Estado que o importante era alinhar a retomada da aliança e que tanto o PSDB quanto o MDB fariam todo o possível para que tudo caminhasse dentro do planejado.

“Já fomos aliados lá no passado, e agora chegou o momento de retomarmos mais uma vez essa parceria de sucesso”, afirmou o ex-governador.

O presidente do MDB de MS, deputado estadual Junior Mochi, reforçou que foi uma reunião de reaproximação. “O Eduardo Rocha nos convidou para o almoço com a ministra Simone, com o governador Eduardo Riedel, com o ex-governador Reinaldo, com Sérgio de Paula, com o ex-governador André e com o ex-senador Moka para darmos início à construção dessa reaproximação”, disse.

Ele ainda adiantou que, como a eleição para o Senado terá duas vagas, nada impede que uma delas seja para o ex-governador Reinaldo Azambuja e a segunda para o MDB.

“As eleições de 2024 serão a prova de fogo da nossa aliança. Porém, precisamos antes fazer as nossas convenções municipais, para ampliar de 117 para 150 vereadores no Estado e pelo menos 15 prefeitos”, avisou.

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