Polêmica campanha contra Bolsonaro, #EleNão tem ameaça de violência e boletim de ocorrência

Tiago Botelho fez desafio por redes sociais e atraiu apoio de notáveis do direito até de Portugal

Celso Bejarano

Por engajar um movimento pelas redes sociais contra a eleição do capitão da reserva do Exército, Jair Bolsonaro, candidato à Presidência do Brasil pelo PSL, o professor de Direito e Relações Internacionais da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Tiago Botelho, recorreu à Polícia Civil em Mato Grosso do Sul por receber numerosas ameaças pela Facebook.

“… chega o pau na cabeça dele e coloca-o para correr daí, o resto deixa com nós”, intima um dos internautas que ataca o professor, também especialista em direitos humanos e cidadania.

As investidas contra o docente começaram quando ele fez um desafio a notáveis professores universitários ligados, segundo ele, à defesa pela democracia e direitos humanos, como Boaventura de Sousa Santos, da universidade de Coimbra (Portugal), Carol Proner, da Universidade Federal do Rio de Janeiro,  Gisele Ricobom, da Unila, Universidade Federal da Latino-Americana e Nilma Lima Gomes, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

“É tempo de luta, não espera e barbárie”, foi o recado de Botelho ao convocar os mestres do Direito.

“Foi uma iniciativa do professor preocupado com a democracia”, disse ele ao justificar o manifesto.

Desde então,  disse o professor, ele e a família têm recebido frequentes ataques de seguidores da candidatura de Bolsonaro.

O caso, porém, acabou na delegacia, com registro de ocorrência por ameaça.

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