Mochi diz que vai priorizar clientes e descarta concorrer à Prefeitura de Campo Grande

Ex-presidente saiu derrotado das urnas em 2018

Ex-deputado estadual, Junior Mochi (MDB) descartou disputar a Prefeitura de Campo Grande, em 2020. O ex-presidente da Assembleia Legislativa declarou, nesta quinta-feira (16), que deve priorizar sua atividade profissional e dedicar sua experiência política a “ajudar amigos e companheiros e só”.

O advogado destacou o compromisso firmado com clientes, após sair derrotado da corrida eleitoral que garantiu a renovação do mandato de governador a Reinaldo Azambuja (PSDB) e sugeriu que a possibilidade de disputar outro pleito poderia assustá-los. “Se você passa, de novo, a ter possibilidade de participar de campanha política, dos clientes fogem”, acredita.

Mochi, que representa 16 sindicatos na negociação do reajuste salarial com o Governo do Estado, afirma que se assumisse eventual compromisso político não teria tempo para se dedicar plenamente aos clientes, mas admite reavaliar participação em outros pleitos “daqui a três anos”.

“Ninguém quer alguém que vai para política e não tem tempo de se dedicar. Esses clientes têm que ter a segurança de que eu não vou participar diretamente no ano que vem. Daqui três anos, eu vou reavaliar, mas na eleição do ano que vem eu não vou ser candidato. Minha disposição é ajudar meus amigos e companheiros e só”, garante.

MDB procura candidato

Nomes de várias lideranças foram ventiladas nos bastidores, mas, eleitoralmente, a senadora Simone Tebet e o ex-governador André Puccinelli continuam sendo os carros-chefe do MDB em Mato Grosso do Sul – apesar do deputado estadual Marcio Fernandes ter admitido interesse na sucessão de Marquinhos Trad (PSD).

Vice-presidente da Assembleia Legislativa e também esposo de Simone, Eduardo Rocha declarou que gostaria de ver a presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do senador na disputa pelo comando da Capital, mas reconhece que ela teria encontrado o próprio caminho em Brasília.

“Está indo muito bem na CCJ [como presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado] e tem a chance de ser a nova presidente. Acredito que ela achou o caminho dela por lá. E quem não gostaria de administrar Campo Grande? Claro que gostaria, é uma honra”, disse, sem revelar quais são os planos políticos futuros da senadora.

Rocha diz que o partido também busca novas filiações e não descarta que o procurador de Justiça Sérgio Harfouche, que chegou a anunciar aliança na disputa pelo governo do Estado nas últimas eleições, seja opção. Harfouche, no entanto, ressaltou que está desfiliado, destacando que não pode sequer antecipar se tem a pretensão de continuar disputando um espaço na política.

Print Friendly, PDF & Email