‘Foi pênalti para o Brasil!’ Comentarista de arbitragem da ESPN acusa erro de suíça que apitou o jogo

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A seleção brasileira sofreu a primeira derrota na Copa do Mundo nesta quinta-feira (13). Apesar de ter começado com a vitória de 2 a 0, não conseguiu se segurar diante da Austrália e acabou sofrendo a virada. O placar acabou 3 a 2.

Mas algumas polêmicas vieram à tona. No segundo gol da Austrália, o VAR foi chamado por conta de uma possível posição irregular de Sam Kerr, atacante adversária. Mas, com o toque da zagueira Mônica, o lance foi validado e o gol confirmado para as australianas. A árbitra suíça Esther Staubli chegou a consultar em campo a tecnologia antes de confirmar o gol.

Marta, Cristiane, Ford, Logarzo e Hickmann Alves marcaram os gols do jogo válido pela 2ª rodada do grupo C © Fornecido por ESPN do Brasil Eventos Esportivos LTDAMarta, Cristiane, Ford, Logarzo e Hickmann Alves marcaram os gols do jogo válido pela 2ª rodada do grupo C

No final do jogo, Andressa Alves foi derrubada na área e as brasileiras reclamaram de pênalti. O VAR foi chamado, mas a juíza não saiu para consultar o lance.

Comentarista de arbitragem dos canais ESPN, Renata Ruel analisa as jogadas

O GOL CONTRA DE MÔNICA

Segundo Renata Ruel, o gol contra da capitã Mônica foi legal. “É um lance de interferência do adversário na regra 11, do impedimento. A importância é se a ação da jogadora que está em posição de impedimento interfere ou não a ação da zagueira adversária”, disse.

Na concepção de Renata, a jogadora em posição não disputa a bola com Mônica. “E aí a zagueira brasileira tem uma ação deliberada, marcando um gol contra”, completa.

Na opinião da comentarista: “Um gol validado, sim, de forma correta, na minha visão, pois não há interferência na ação da adversária que toca aquela bola para o gol”.

PÊNALTI EM ANDRESSA ALVES

Em relação ao último lance do jogo, em que Andressa Alves foi derrubada dentro da área, Renata Ruel analisa que, apesar da árbitra estar olhando para dentro da área, estava bastante distante da jogada. Já a zagueira: “Ela simplesmente está observando a ação da atacante brasileira e vai direto ao corpo dela”, disse Renata.

Com isso, ela afirma, sim, ter sido um pênalti não marcado a favor da seleção brasileira e ainda explica a ação do VAR naquele momento.

“O VAR deve ter revisto. Como não é um lance claro e obvio, é interpretativo, a árbitra deveria ter ido até o monitor rever o lance e depois tomar uma decisão”, afirmou.

Renata ainda finalizou, reforçando a ação da zagueira em cima de Andressa: “Na minha opinião, a gente observa que a zagueira em nenhum momento está olhando a bola. A única coisa que ela quer, é impedir a atacante brasileira de chegar na bola e a segura para isso. Então pênalti não marcado na minha interpretação”.

VADÃO E MARTA

O técnico Vadão chegou a comentar a atuação do VAR e, sobre o pênalti não marcado em cima de Andressa Alves, defende: “Num jogo dramático como este, a consulta valia”.

A experiente Marta, que estava no banco de reservas desde o início do segundo tempo, disse que faltou um pouco uma pressão das atletas em cima da árbitra, mas entendeu a parte das jogadoras: “Foi tão rápido o lance que as meninas não viram, a Andressa estava muito focada e sem querer perder tempo”.

Ela finalizou, defendendo o VAR: “Isso não pode passar em branco, se existe uma tecnologia como essa, tem que servir para as duas equipes e hoje, acabou nos prejudicando”.

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