‘Fogo na floresta reflete temperatura do ambiente político do país’, diz Fábio Trad

Deputado se posicionou sobre o incêndio na Amazônia e a posição do governo federal com relação ao assunto

Na opinião do deputado federal Fábio Trad (PSD), o fogo na floresta amazônica, reflete a temperatura do ambiente político do país. Enquanto a Amazônia queima literalmente, a situação brasileira não está sendo vista com bons olhos no exterior, tanto que o assunto foi pautado neste fim de semana em reunião durante a cúpula do G7, convocada pelo presidente da França, Emmanuel Macron.

Segundo Trad, algo estranho paira no ar e não é apenas fumaça de fogo florestal, mas uma densa poeira de antagonismos e contradições. “A floresta está queimando porque o discurso do governo federal sobre meio ambiente é politicamente incendiário à medida em que confronta todos os conceitos que o mundo ocidental sustenta”.

O parlamentar diz não achar prudente a postura provocativa do governo brasileiro quando propaga e dissemina gestos hostis a países como Alemanha e França neste imbróglio.

Nas últimas semanas, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) criou atritos com França, Alemanha e Noruega, questionando a legitimidade desses países em cobrar mais preservação das florestas brasileiras.

Bolsonaro declarou ainda que ONG’s podem estar provocando incêndios numa tentativa de prejudicar seu governo, mesmo com dados oficiais divulgados pela Nasa e Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) sobre o aumento das queimadas na Amazônia.

Trad diz que essa situação já está prejudicando o Brasil. “Nos isola no contexto internacional. O conceito de desenvolvimento sustentável atualmente está associado à própria política de comércio internacional. Tudo está interligado e o governo federal parece que não se deu conta disso”.

Sobre de quem seria a culpa, o deputado federal declarou ainda não ter visto elementos seguros para afirmar com precisão se existe um ou mais culpados. “Entretanto, o fogo na floresta reflete a temperatura do ambiente político do país. Por isso que defendo distensionar as forças políticas para estabilizar o cenário. O Brasil precisa resolver seus problemas domésticos: recessão, desemprego, violência, desigualdade social, etc”.

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