Execução de sobrinhos do Rei da Fronteira pode ter duas causas possíveis

Polícia Nacional Paraguai trabalha com a possibilidade de guerra entre facções

Rodrigo Almeida

Mais quatro corpos foram empilhados na guerra que se desenrola na fronteira entre Brasil e Paraguai desde a morte do narcotraficante Jorge Rafaat em 2016. Entre as vítimas encontradas estão dois sobrinhos do narcotraficante Fahd Jamil, um dos chefões históricos do tráfico de drogas na região de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero.

Riad Salem Oliveira e Muriel Moura Oliveira Carneiro eram os dois parentes do traficante uma vez conhecido como Rei da fronteira. Fahd Jamil já foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça brasileiro por 30 anos.

Além deles acompanhavam mais duas pessoas que também foram torturadas e executadas. Atualmente, segundo o portal Amambay Ahora, existem duas linhas de investigação: a primeira leva a crer que depois da morte de Rafaat, o Primeiro Comando da Capital (PCC) tenta expandir as operações na região, com isso, o caso de hoje seria mais um episódio da guerra entre facções que disputam o controle da fronteira.

A segunda, um pouco mais obscura e com poucos indícios até agora, mas, ventilada pela Polícia Nacional do Paraguai, é de um desentendimento em uma festa de aniversário que envolveu grupos distintos da região.

As quatro pessoas torturadas e executadas acompanhavam Flavinho Jamil, responsável pela briga. Flavinho é filho de Fahd e um dos possíveis alvos do ataque de hoje. Como não conseguiram chegar até ele, a vingança fora feita sobre os parentes e empregados.

No entanto, o comissário de Polícia, Rubén Galeano, Confirma que há boatos sobre vários sequestros e desaparecimentos de pessoas que estiveram na festa, mas ninguém apresentou nenhuma denúncia.

Das quatro pessoas achadas a 15 quilômetros de Pedro Juan Caballero em uma estrada vicinal, forma identificativos três brasileiros e um paraguaio. Além e Muriel e Riad, Felipe Bueno e Cristián Gustavo Torales Pyo.

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