Em posse, Mandetta lembra da vida em MS e defende redução de gastos

Ministro garante que foco será em cortes no Ministério da Saúde, além da reestruturação da saúde indígena

Kerolyn Araújo

O Ministro da Saúde e ex-deputado federal por Mato Grosso do Sul, Luiz Henrique Mandetta (DEM), tomou posse na tarde desta quarta-feira (2) em Brasília. Durante o discurso, lembrou da trajetória em Campo Grande e defendeu o corte de gastos para aumentar investimentos. Garantiu que a meta será “economizar cada centavo no Ministério da Saúde“.

Mandetta começou o discurso lembrando da vida em Mato Grosso do Sul, para que todos pudessem conhecê-lo melhor. ”As pessoas tem curiosidade de saber de onde vem o novo ministro, como chegou até aqui. E eu digo que não se chega a um cargo tão importante sem ter grande compromisso com a família, com a fé e com o País”, disse.

O ministro falou até da infância no Colégio Salesiano Dom Bosco e agradeceu a presença na cerimônia de posse do ex-diretor da escola e ex-reitor da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Padre José Marinoni. Mandetta também contou sobre as primeiras experiências como médico no Hospital Militar de Campo Grande, a passagem pela Santa Casa, pela diretoria da Unimed e como secretário municipal de saúde da Capital, na gestão do ex-prefeito e atual senador, Nelson Trad Filho (PTB).

”Era uma gestão por indicadores de resultados. Tivemos redução da mortalidade infantil, fomos por três vezes referência nacional de saúde bucal, estruturamos linhas de pesquisas contra leishmaniose e também enfrentamos uma epidemia de dengue”, contou. O ministro também lembrou que foi eleito deputado federal em 2010 com mais de 78 mil votos sem nunca ter disputado nenhuma outra eleição.

Relação com Bolsonaro – Mandetta relatou que ele e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não eram grandes amigos, mas nutriam respeito um pelo outro. ”Fiquei extremamente feliz por vê-lo eleito presidente”, disse.

O ministro disse que foi procurado por Bolsonaro durante a campanha. ”Ele queria saber o que o setor esperava. Foi o único candidato que colocou plano de carreira para a saúde pública no programa de governo”.

Planos – Durante o discurso, uma das metas de trabalho colocadas por Mandetta foi a redução de gastos do Ministério da Saúde. ”Cada centavo economizado tem que ir para a assistência da população. Não da para gastar dinheiro sem saber. O Ministério é muito grande, o orçamento é muito grande. É fácil esquecer que R$ 1 mil é dinheiro, mas é muito dinheiro”, ressaltou.

Mandetta também falou sobre a reestruturação da saúde indígena, da atenção especial para quem tem algum tipo de deficiência e sobre a vacinação de crianças, como prioridade, principalmente da região norte do País, onde está crescendo o número de casos de sarampo.

Depois de recitar um poema de Fernando Pessoa, o ministro finalizou o discurso. ”Brasil acima de tudo e Deus acima de todos. Vamos construir um SUS (Sistema Único de Saúde) juntos”.

Acompanharam a cerimônia de posse os novos ministros Tereza Cristina (Agricultura), Osmar Terra (Cidadania) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).

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