Deputado ex-chefão do Detran enrola e nem defende nem acusa Bolsonaro em caso dos radares

Ele diz que a eficácia consiste em sinalização e colocação dos aparelhos em locais com altos índices de acidente

Rayani Santa Cruz

Ex-diretor do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), o deputado estadual Gerson Claro (PP) fica em cima do muro quando o assunto é a retirada dos radares móveis das estradas federais. Sem querer bater de frente com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), ele afirma que existem prós e contras da decisão.

“A medida não é toda ruim, eu não sei se terá eficácia de 100%, você proibir é uma coisa, mas se você disciplinar que o radar deve ser colocado, sinalizado em locais com risco de acidentes, talvez seja melhor do que proibir”, explicou.

Sem discordar ou concordar completamente com a decisão, o parlamentar diz que os radares e redutores foram tecnologias excelentes no centro de Campo Grande e diminuíram muito os índices de acidente.

Claro afirmou que a decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) talvez seja devido a forma com que as fiscalizações estavam sendo feitas, sem eficácia na baixa de acidentes. “Acho que ele [Bolsonaro] foi mais naquela ideia de abuso de poder, o poder do radar ali, que poderia gerar certo abuso. E que não estava tendo tanta importância na redução dos acidentes”.

No documento assinado pelo presidente, a justificativa para a suspensão era de que a medida tem por objetivo “evitar o desvirtuamento do caráter pedagógico e a utilização meramente arrecadatória dos instrumentos e equipamentos medidores de velocidade”.

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