Depois de dizer que Bolsonaro não serve pra prefeito em MS, Dagoberto ataca futura ministra

Deputado federal preocupa-se com fundamentação religiosa de Damares Alves e critica escolhas para ministérios

Amanda Amaral

Reeleito para ocupar a Câmara Federal representando Mato Grosso do Sul, Dagoberto Nogueira (PDT) desaprova com veemência a escolha por Damares Alves para comandar o ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. O parlamentar afirma que a postura da nova ministra até então bate de frente com as pautas que deveriam ser tratadas pela pasta.

“É preocupante, né, porque ela é completamente reacionária, com um discurso completamente diferente do que ela foi e pensa. Ela se contradiz. Pelo menos agora ela admite a opinião de verdade, a prática dela”, critica.

Pastora evangélica e assessora do senador Magno Malta (PR-ES), Damares Alves chegou a declarar à imprensa que ‘é o momento da igreja governar’. A nova ministra disse que a escola ‘não é mais lugar seguro’ e as crianças só estão protegidas nas igrejas evangélicas e que o papel principal da mulher é ser mãe.

Também com a Funai (Fundação Nacional do Índio) entre suas atribuições e envolvida com a causa, sugere o fim do isolamento de indígenas em suas comunidades. Ainda, assegurou que buscará a paz entre movimentos LGBT e grupos conservadores.

O deputado avalia as falas mais polêmicas de Damares como um reflexo da onda de conservadorismo no país e reprova também as indicações para outros ministérios. “É tudo, né, a postura em geral. São ações que Bolsonaro está colocando, pessoas que não são políticas para tratar sobre políticas. Botar general pra tratar com Senado e Câmara, cotar quem não entende no Ministério de Meio Ambiente… ‘Bota’ gente diferente daquilo que é a pasta”.

Crítico de Bolsonaro, o deputado se consagrou como oposição ao novo presidente quando disse que ele não serviria nem para prefeito de Jaraguari.

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