Conselho vai até subestação invadida que explodiu verificar documentação do local

Conselho Regional dos Técnicos Industriais acompanhou durante a tarde desta segunda-feira (5) os reparos na subestação que explodiu após ter sido invadida, assim como solicitou documentações pertinentes à execução do serviço.

Representantes do Conselho Regional dos Técnicos Industriais estiveram acompanhando os trabalhos na subestação de energia da Energisa, que explodiu e pegou fogo após um homem invadir a estação para supostamente furtar a fiação.

Segundo o coordenador de fiscalização do conselho (CRT 01), Fernando Pulcherio, a fiscalização teve como objetivo acompanhar o andamento dos reparos da subestação e a certificação do local, assim como dos funcionários que estão trabalhando para que o serviço seja estabelecido na subestação Progresso.

Já o agente fiscal João Gabriel Marques Faria Alves, integrante da equipe, explicou que para o serviço no local ser executado é necessária a presença de um profissional legalmente habilitado para ser responsável pelo andamento do trabalho.

“Esse profissional pode ser de nível superior, registrado com CREA, no caso aqui seria um engenheiro eletricista. Precisamos saber CRT, de cargo e função deles se está vigente, se a RT de execução do serviço que está sendo feita, a manutenção ela foi emitida”, explicou João Gabriel e completou:

“Para a pessoa poder exercer a profissão ela precisa estar registrada com o Conselho, se não ela não possui o direito de exercer a profissão”.

Pela lei, a Energisa tem o prazo legal de 15 dias para enviar a documentação para o Conselho Regional dos Técnicos Industriais, que a partir de então, farão as análises necessárias acerca da obrigatoriedade de um responsável técnico na execução do projeto, assim como o serviço de manutenção.

Invasão

A Polícia Civil informou que não foi possível identificar o corpo do homem que invadiu por um buraco a subestação de energia da Energisa na Vila Progresso, na região central Campo Grande.

O homem morreu após uma explosão e incêndio, na madrugada desta segunda-feira (5), conforme atualizações da polícia, devido ao corpo estar carbonizado, as digitais não estão preservadas e o corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol).

Um buraco foi feito próxima a cerca externa da rua Ari Coelho, por onde a vítima fatal entrou. Já dentro da subestação ele ainda teve que romper a concertina de segurança.

O corpo foi localizado o próximo aos alimentadores de 13800 volts. A ocorrência foi registrada como furto qualificado com destruição ou rompimento de obstáculo, na forma tentada, morte a esclarecer e dano qualificado.

Explosão

O fogo e a explosão da subestação pôde ser vista de longe e chamou atenção de moradores que chegaram a gravar imagens tentando entender o que estava acontecendo. O Corpo de Bombeiros, informou que desde 2021, quando começou o funcionamento da unidade de alta potência, nunca havia sido invadido.

A explosão ocorreu por volta das 04:30 e o clarão do incêndio foi visto a quilômetros de distância e assustou muita gente.  Devido à explosão, a instabilidade na rede de energia também acabou afetando o abastecimento em outras regiões da cidade, causando oscilações e quedas parciais e momentâneas de energia.

Conforme a Energisa, por volta das 6:30 horas o fornecimento havia sido restabelecido em praticamente toda a região ligada à subestação. Por meio de nota a Concessionária de energia explicou que equipes seguem trabalhando no local.

“A Energisa informa que, neste momento, equipes continuam na manutenção da subestação Progresso em Campo Grande, com 100% dos clientes atendidos na região desde às 6h36 da manhã desta segunda-feira (5/2). A Energisa reforça sua política de valorização à vida e segurança de colaboradores e comunidade com alertas sobre o o risco de acessar fios e equipamentos de alta tensão, na subestação e no entorno da estrutura”.

** Colaborou Neri Kaspary

CorreioDoEstado/LAURA BRASIL

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