Comissão de Ética vai analisar denúncia de estupro contra vereador da Capital

Eduardo Romero (Rede) é investigado pelo suposto abuso contra adolescente de 13 anos

Amanda Amaral

A Câmara Municipal deve avaliar a situação do vereador Eduardo Romero (Rede), após vir à tona acusação de estupro contra adolescente de 13 anos, em Campo Grande. Em recesso até o dia 4 de fevereiro, os parlamentares afirmam que foram pegos de surpresa.

No entanto, o presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, Ayrton Araújo (PT), diz que nenhuma decisão será tomada antes que todos os vereadores se inteirem sobre o caso. O caso deve ser discutido em um encontro informal com o presidente da Casa de Leis, João Rocha (PSDB), ainda nesta quarta-feira (23).

“Ninguém está sabendo os detalhes disso, vamos aguardar, vou tocar no assunto durante esse encontro amanhã. Mas não há nada o que falar, sobre o papel da Comissão em abrir um processo sobre o caso caberia um pedido de denúncia primeiro. Só em reunião com o colegiado para compreender o que pode ser feito”, disse.

Vice-presidente da Comissão, Wilson Sami (MDB) afirmou que não tinha conhecimento sobre o caso, mas que iria entrar em contato com demais parlamentares para discuti-lo. “Estou sendo informado agora. Mas é grave, né? Quando uma coisa dessas atinge um vereador, atinge toda a Câmara”, diz.

O vereador Lívio Viana (PSDB), também membro da Comissão, disse que o papel, neste momento, é da polícia, para investigar se o caso é verídico. “É muito precoce falar qualquer coisa, prefiro não me manifestar sobre isso, é extremamente grave. Mas a medida a ser tomada é na esfera criminal”, afirmou, comprometendo-se a se inteirar sobre a questão.

O caso

Eduardo Romero, vereador em segundo mandato por Campo Grande, é suspeito de estuprar um adolescente de 13 anos em novembro de 2017. O caso tem sido mantido em segredo de Justiça desde então.

Segundo o boletim de ocorrência, o cunhado da denunciante, tio da vítima, tinha chamado o adolescente para ajudar na reforma da casa do vereador. Romero teria insistido ao garoto para tocá-lo e teria praticado sexo oral na vítima, obrigando o adolescente a retribuir. Conforme a mãe do adolescente, o vereador ainda convidou o rapaz para retornar à casa depois.

Ainda segundo o registro policial, o parlamentar foi confrontado pelos parentes da vítima e confessou o ocorrido, dizendo que estava sob efeito de drogas. A mãe disse à polícia que o suspeito pediu desculpas, chorou muito, mas ela e o marido resolveram registrar a ocorrência por causa do estado emocional do filho.

O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga.

Vereador nega

Em nota divulgada através das redes sociais, o vereador Eduardo Romero (Rede) declara que a acusação de estupro é “totalmente falsa e indevida”. “Estar na política te transforma em inimigo de muita gente, e não medem esforços para prejudicar e tirar de cena”, diz.

Romero destaca que “a justiça está fazendo seu trabalho e em breve teremos as respostas”. Completa ainda que confia na Justiça e em Deus. “E tenho a consciência tranquila”.

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