Manifestantes criticaram medidas radicais de ministros do STF
Willams Araújo
Ato a favor do presidente Jair Bolsonaro reuniu multidão em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, e em todo país. Brasília foi o alvo principal dos manifestantes que, além de apoiar o líder maior da nação, aproveitaram o evento cívico de 7 de Setembro, data da Independência do Brasil, para criticar medidas radicais de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
Em Campo Grande, vestidos de verde e amarelo e carregando bandeiras, manifestantes se reuniram na Avenida Afonso Pena.
O deputado estadual Capitão Contar (PSD) reuniu motoqueiros e ciclistas na Capital e defendeu a importância do ato.
O deputado estadual Coronel David (sem partido) foi até Brasília para participar do ato e disse em uma publicação sobre a grandeza da maior manifestação democrática do Brasil. “Manifestação das famílias pela nossa liberdade e democracia. #FechadoComBolsonaro”, declarou.
Políticos filiados ao PT do ex-presidente Lula, acusado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro, aproveitaram o ato para protestar, principalmente pelas redes sociais.
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) usou seu Instagram para criticar o ato em Brasília e os manifestantes que foram às ruas.
O deputado federal Fábio Trad (PSD-MS), que faz críticas radicais ao governo, também se manifestou contrário ao presidente da República usando as redes sociais.
BRASÍLIA E SÃO PAULO
Da mesma forma, diversas capitais brasileiras registraram manifestações favoráveis ao governo. São Paulo e Brasília tiveram a participação de Bolsonaro nos atos pró-governo.
Pela manhã, o presidente participou do ato programado em Brasília. Em seu discurso, Bolsonaro afirmou que quem age fora da Constituição Federal deve ser “enquadrado” ou “pedir para sair”.
Manifestantes a favor do governo começam a se reunir na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, logo pela manhã, onde o presidente participou de evento reservado no Palácio da Alvorada, com alguns ministros e comandantes das Forças Armadas, para o hasteamento da bandeira nacional.
Grupos tentaram furar bloqueios feitos pela Polícia Militar, que reagiu. Durante a noite de segunda-feira (6), os manifestantes favoráveis ao presidente já estavam no local e chegaram a invadir a Esplanada dos Ministérios.
De acordo com a PM, eles pressionaram para que caminhões pudessem passar pelo bloqueio. A Secretaria de Segurança do Distrito Federal permitiu a passagem de alguns caminhoneiros, junto com manifestantes a pé.
Segundo informações oficiais da assessoria de imprensa da PMDF, os manifestantes favoráveis ao presidente derrubaram uma barreira, que ficava na rodoviária do Plano Piloto. Foi assim que eles conseguiram entrar na Esplanada.
Por volta das 15h30, Bolsonaro discursou na avenida Paulista, em São Paulo, onde voltou a reiterar o posicionamento de ministros do STF e citou a “liberdade aos presos políticos”.
Para analistas políticos, o movimento em todo país foi considerado gigantesco, desmascarando inclusive pesquisas de intenções de voto que colocam Bolsonaro em segundo plano.
