Apesar de requerimento, senadoras de MS não apostam em nova CPI da Pandemia

Senador do Amapá protocolou requerimento para abertura de nova CPI da Pandemia

Dândara Genelhú/Midiamax

Senadoras de MS pontuaram que são escassas as chances de abertura de uma nova CPI da Pandemia. As declarações foram feitas ao Jornal Midiamax na última segunda-feira (17) após novo pedido ser protocolado no Senado Federal por Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

À reportagem, a senadora Simone Tebet (MDB) considerou que uma nova comissão deverá ser pensada após a finalização dos trabalhos do Observatório criado no Senado. “Eu particularmente acho que o observatório da CPI ainda tem algumas tarefas a concluir na primeira semana de fevereiro”, pontua.

Entre as ações do Observatório, estão previstas conversas com “o procurador-geral da república para dar satisfação sobre como andam os processos de investigação”. Além de algum representante do Ministério da Saúde, “para conversar sobre o calendário da vacinação infantil, que está muito atrasada”.

Assim, Simone destaca que após as audiências “que vamos escutar das autoridades poderemos falar sobre uma CPI ou não. Particularmente, neste momento acho que deveríamos aguardar o Observatório”.

Também senadora por MS, Soraya Thronicke (PSL, que se fundiu com o DEM para criação do União Brasil) acredita que o Senado já fez a parte que lhe cabia. “Que é a de inquérito para remeter aos órgãos competentes o que foi levantado para as devidas providências”, afirma.

Então, considera que “neste momento não há novos fatos que requeiram a instalação de uma nova CPI”. Soraya acredita que cabe aos órgãos competentes darem sequência nas apurações realizadas pela Comissão.

A senadora não disse se assinou o requerimento aberto no Senado para uma nova CPI da Pandemia. Já Simone Tebet informou ao Jornal Midiamax que assinou o termo, que precisa de 27 parlamentares para a instauração de uma nova abertura.

Apesar disso, considera o Observatório como meio mais rápido para novos questionamentos. “Não podemos falar que há chances de uma nova CPI ser instaurada nos próximos meses, em fevereiro”, finalizou a senadora.

Para Soraya, no momento, “o Brasil precisa de soluções para os problemas que ainda estamos enfrentando em razão da Covid-19, como questões de saúde e vacinação da população, além de pensarmos na nossa economia e na geração de emprego”.

Nova CPI da Pandemia

Randolfe anunciou em 11 de janeiro que havia protocolado um novo requerimento para outra CPI da Pandemia. Segundo o senador, a falta de dados completos dificulta a avaliação precisa da situação da Covid-19 no Brasil.

Além disso, destaca que existe o avanço da variante ômicron e lembram da polêmica sobre a vacinação de crianças. Se instaurada, a comissão deverá acontecer nos moldes da ocorrida em 2021.

Relator da CPI da Pandemia em 2021, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que apoia uma nova comissão. Ele reafirmou a necessidade da CPI para investigar o “boicote à vacinação infantil, apagão de dados no Ministério da Saúde, tocado por um sabujo, além da explosão de casos. Bolsonaro é um delinquente reincidente”.

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