Apesar de campeões de votos, presidência da Assembleia deve ficar com ‘antigões’

Onevan de Matos, dono de 9 mandatos, e Paulo Corrêa, deputado por 7 vezes, rivalizam pelo cargo

Celso Bejarano

A disputa pelo comando da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul se afunila acerca de dois parlamentares reeleitos do PSDB, nomes bem próximos ao governador reeleito Reinaldo Azambuja, também tucano: o deputado estadual Paulo Corrêa, 61, e o atual vice-presidente da Casa, o deputado Onevan de Matos, 76. Azambuja, ao menos publicamente, diz não ter preferência por candidatos.

Matos teve o quinto melhor desempenho eleitoral entre os 24 deputados, com 30,8 mil e Paulo Corrêa, ficou na oitava posição ao obter 27,6 mil votos.

Os mais bem votados, o capitão Contar (78,3 mil votos), coronel David (45,9 mil votos), ambos do PSL, Jamilson Name (33,8 mil votos), do PDT e Renato Câmara (33,2 mil votos) do MDB, ainda não se manifestaram interesse na disputa.

Até agora, cinco deputados disseram que querem ser o presidente do legislativo estadual, cargo ocupado pelo deputado Júnior Mochi, que não disputou a reeleição. Além de Corrêa e Matos, divulgaram-se concorrentes ao comando da Assembleia, os deputados Zé Teixeira, do DEM, Eduardo Rocha (MDB) e Londres Machado, do PSD.

Os 24 deputados estaduais escolhem a mesa diretora já na primeira sessão do ano, marcada para 1º de fevereiro.

“Minha preferência é por tem mais competência para comandar o legislativo”, esquivou-se o governador quando indagado se estaria apoiando algum pretendente ao cargo.

Na manhã desta quinta-feira (29), Azambuja participou da cerimônia de inauguração do ginásio esportivo da escola Lino Villachá, no bairro Nova Lima, ao lado de Onevan de Matos, concorrente direto de Paulo Corrêa.
Matos, que segue para o nono mandato, disse que a “fase agora é de conversa” e que a disputa pela direção da Assembleia “não terá a intervenção do governador”.

O parlamentar admitiu que Paulo Corrêa, que segue para o sétimo mandato, é o seu principal concorrente.

Novatos, mesmo que campeões de voto como Capitão Contar e coronel David e Jamilson, podem até garantir espaço na mesa diretora, mas não na presidência.

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