Ministro da Saúde confirma caso suspeito de coronavírus em Minas

Caso suspeito é de estudante de 22 anos, disse Luiz Henrique Mandetta

IZABELA JORNADA

Caso de pessoa que esteve na China, nos últimos 14 dias, fez escala no aeroporto de Guarulhos (SP) e desembarcou em Belo Horizonte (MG) está sendo monitorada em hospital da cidade, com suspeita de estar contaminada com o coronavírus. A vítima seria uma estudante de 22 anos, que esteve em Wuhan, na China. “Precisamos estar terrivelmente atentos, mas não é motivo de pânico e sim de alerta”, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante coletiva de imprensa que ocorreu na manhã desta terça-feira (28), no Ministério da Saúde.

De acordo com Mandetta, a vítima está estável, apesar de ter apresentado sintomas da doença.

Com o aumento do nível de alerta global para transmissão do novo coronavírus, Ministério da Saúde pedirá a atualização de planos de contingência aos estados.

Ministro da Saúde disse que não é recomendável que a pessoa se exponha a uma “situação dessa” (viajar para China), “recomendamos que não façam essa viagem. Em breve a ciência vai dar respostas necessárias. Vamos superar isso como já superamos, temos historia no campo das vacinas”, afirmou Mandetta.

Na China, o número de mortes vítimas do coronavírus já ultrapassou 100 pessoas. De acordo com informações da Agência Brasil, só na manhã de hoje, foram 24 mortes.

ESTRATÉGIAS

A pasta informou que recebeu, desde o início do surto de coronavírus na China, “mais de 7 mil rumores” de infecção e que cerca de 120 exigiram verificação do órgão. Apenas um se confirmou como suspeita.

Mandetta disse que deve ficar pronto até sexta-feira, 31, o resultado de exame para confirmar se a paciente tem ou não coronavírus. O governo brasileiro irá elevar o grau de risco ao nível 3, de “emergência em saúde pública” em território nacional, quando o primeiro caso de coronavírus no Brasil for confirmado.

Após orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que classificou na segunda-feira, 27, como “elevado” o risco internacional do coronavírus, o governo brasileiro passou a investigar casos suspeitos de pessoas que vieram de qualquer território da China ao Brasil. Antes só eram analisadas suspeitas de pacientes que estiveram na província de Wuhan.

O ministro recomendou que sejam feitas apenas viagens “em caso de necessidade” à China. O governo deve começar a distribuir cartilha a quem chega do território chinês com orientações sobre o coronavírus.
Mandetta afirmou ainda que o governo não planeja retirar brasileiros da China. “Não é orientada a remoção”, afirmou.

O surto de coronavírus provocou 106 mortes na China, onde o número de infectados passa de 4,5 mil. De todas as mortes até o momento, cem foram registradas na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro da contaminação. Ao menos 15 países em quatro continentes já confirmaram casos importados da doença.

Nesta terça, representantes do Ministério da Saúde vão participar de uma reunião com a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema. Mandetta disse que o Instituto Butantã participará de um “esforço internacional” para a produção de uma vacina contra o coronavírus.

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