MDB de André Puccinelli desmorona e DEM de Murilo Zauith cresce em MS

O partido perdeu 10 prefeituras em relação à eleição de 2016, quando conquistou 17, e agora vai governar sete municípios.

Hegemônico por oito anos no governo estadual e na prefeitura de Campo Grande, o MDB do ex-governador André Puccinelli desmoronou nas eleições municipais deste ano, enquanto o DEM liderado pelo vice-governador e secretário de Estado de Infraestrutura, Murilo Zauith, registrou crescimento de um pleito a outro.

O MDB perdeu 10 prefeituras em relação à eleição de 2016, quando conquistou 17, e agora vai governar sete municípios.

Por outro lado, o DEM sai das eleições municipais como o grande vencedor da disputa nas urnas. A legenda deu um salto de três prefeitos eleitos nas últimas atualizações para 14 prefeitos eleitos no pleito deste ano.

O partido com mais prefeituras continua sendo o PSDB, que ganhou mais uma prefeitura em relação a 2016. Nas atualizações passadas, os tucanos, que governam Mato Grosso do Sul, elegeram 36 prefeitos e agora elegeram 37.

Dois dos maiores vitoriosos nas vantagens, DEM e PSDB, estiveram juntos em algumas cidades, como em Dourados, apoiando o deputado estadual Barbosinha, que foi surpreendentemente derrotado por Alan Guedes, mas também foram adversários, como em Jardim, aonde Dra. Clediane (DEM) se elegeu prefeita ao superar Guilherme Monteiro (PSDB), filho do conselheiro do Tribunal de Contas de MS, ex-secretário de Fazenda e ex-deputado federal, Márcio Monteiro.

Já o MDB, que viu seus prefeitos eleitos caírem de 17 para sete encontrados, não comandará cidades pesquisadas de grande porte. Exemplos de disputas em que o partido, formado, sobretudo, de antigos caciques, saiu vencedor com o PSDB. Caso do ex-deputado estadual Akira Otsubo, que se elegeu em Bataguassu ao bater o tucano Dennis Thomazini em uma eleição acirradíssima.

Apesar de perder dez prefeituras, o MDB ainda é o terceiro partido com mais municípios no Estado, atrás somente de PSDB e DEM.

Ainda há quatro municípios em que as atualizações não foram definidas, porque os prefeitos eleitos tiveram seus registros de candidatura indeferidos pela Justiça Eleitoral e ainda recorrem das impugnações. Se eles principais confirmados, o MDB ganharia mais dois prefeitos, em Sidrolândia (Daltro Fiuza) e em Paranhos (Heliomar Klabunde), o PDT mais um em Angélica (Cassuci) e DEM em Bandeirantes (Álvaro Urt).

POTENCIAL ELEITORAL

Como há diferença de população e número de eleitores entre as cidades, o resultado das informações não se retomar somente ao total de prefeituras que serão governadas e, neste quesito, o PSD, do prefeito reeleito de Campo Grande, Marquinhos Trad, se destaca.

O partido comandado pelo senador Nelson Trad Filho elegeu quatro prefeitos no Estado e vai governar, a partir do ano que vem, 33,74% da população de Mato Grosso do Sul, porcentual maior que os 33,16% que serão governados pelos 37 prefeitos eleitos do PSDB.

Neste quesito, o PP, que elegeu Alan Guedes em Dourados e mais dois prefeitos, governará 9,35% da população do Estado, mais que os 14 municípios que deseja prefeitos do DEM, que governará 8,26% da população.

A eleição também proporcionou novidades, como em Ribas do Rio Pardo, onde o PSOL governará uma cidade em Mato Grosso do Sul pela primeira vez. João Alfredo, será o prefeito da cidade, segundo reportagem do Correio do Estado, assinada pelo repórter Eduardo Miranda.

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