Gestão de Azambuja quer de volta dinheiro desviado por meio de obras

Inspeção identificou falhas em dez rodovias que cruzam Mato Grosso do Sul

Celso Bejarano

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) aposta nas ações judiciais movidas por sua gestão como meio de recuperar recursos que foram investidos em estradas, mas os reparos ou pavimentações “derreteram na primeira chuva, no primeiro verão”.

O assunto em questão tem a ver com a Lama Asfáltica, operação da Polícia Federal, que investiga desde 2015 um esquema de desvio de ao menos meio bilhão de reais, por meio de fraudes em licitações e pagamentos de obras que nem sequer foram concluídas, principalmente pavimentações de rodovias.

Segundo a gestão de Azambuja, vistorias identificaram irregularidades em dez rodovias, as MS 473, 040, 171, 184, 228, 112, 320, 270, 180 e 444.

Para o governador, recursos públicos foram “mal utilizados” e precisam ser recuperados, “pois essas obras são essenciais para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul”.

Azambuja não citou nomes de pessoas que estariam supostamente envolvidos no esquema de desvio de verba pública.

Já para os investigadores da Lama Asfáltica – Ministério Público Estadual, Federal, Controladoria-Geral da União, Receita Federal e Polícia Federal –, o esquema de desvio de recursos públicos implica o ex-governador André Puccinelli (MDB), ex-secretários de Estado e servidores graúdos.

Puccinelli, no ano passado, ficou preso por quatro meses e foi solto por força de uma liminar. Edson Giroto, ex-secretário de Obras e o empreiteiro João Amorim, dono de empreiteira, estão encarcerados desde maio do ano passado.

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