General chama de vergonha fala de Bolsonaro sobre vacina; Moro compartilha

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria da Presidência, classificou o comentário feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “vergonha”, “irresponsável” e “falta de noção”, em post publicado nas redes sociais. Bolsonaro provocou polêmica e indignação de políticos ao comentar a suspensão de testes da vacina CoronaVac e dizer que “ganhou mais uma” do governador Doria, publicou o site do UOL.

“Ganhou de quem? , qualquer que seja, é saúde pública. É para a população. Não é assunto particular. O trato tem ser técnico e dentro da lei. Fora disso é irresponsabilidade, falta de noção mínima das obrigações, desrespeito pela saúde dos cidadãos. Vergonha! Sem classificação!”, escreveu ele.

A mensagem de Santos Cruz foi compartilhada pelo ex-ministro Sergio Moro. “Poderia falar sobre a polêmica envolvendo a vacina CoronaVac, mas prefiro retweetar um general muito respeitado por todos os militares. É mais do que o suficiente.”

Mesmo sem citar nomes, Santos Cruz referia-se ao comentário publicado pelo presidente em resposta a uma seguidora, nas redes sociais, que lhe perguntou se o Brasil poderia comprar e produzir a vacina CoronaVac. O imunizante contra a covid-19 é desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, de João Dória, tido como seu inimigo político.

Em resposta, Bolsonaro recordou uma de suas desavenças com Doria, sobre a obrigatoriedade ou não dos imunizantes. Ele comentou ainda a suspensão de testes da vacina feita pela  (Agência Nacional de ) e disse que “ganhou mais uma” do governador de São Paulo.

“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Dória queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O Presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, afirmou.

Santos Cruz foi demitido em 2019 Bolsonaro demitiu em junho do ano passado o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, provocando assim a primeira queda de um militar do gabinete ministerial desde que assumiu o poder.

As críticas a Santos Cruz foram endossadas muitas vezes, sobretudo através das redes sociais, por dois dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro. O general Santos Cruz já tinha ocupado cargos nos governos Dilma Rousseff (assessor da Secretaria de Assuntos Estratégicos) e Michel Temer (chefe da Secretaria Nacional de Segurança). (Informações do site UOL)

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