Deputado disse que emissão de CNH por terceirizada é ‘padrão’ pelo país
O deputado estadual Gerson Claro (PP), que foi diretor-presidente do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) no primeiro mandato do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e preso enquanto estava no cargo, defendeu o contrato com a ICE Cartões Especializados, investigada pela PF (Polícia Federal).
Claro foi alvo de investigações contra corrupção tocadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) em 2017 durante a Operação Antivírus e pediu, ainda, a nulidade da investigação, alegando que ter foro privilegiado e que só poderia ser processado criminalmente pelo PGJ (Procurador-Geral de Justiça). Ele foi preso durante a operação.
Na quarta-feira (26), a corporação deflagrou a sétima fase da Lama Asfáltica, intitulada Operação Motor de Lama. As investigações apontaram um esquema de favorecimento à ICE
“Tomei conhecimento [da operação] pela imprensa. Quando fui diretor-presidente, trabalhamos para reduzir o valor do contrato. Notificamos a empresa, trocamos. Não teve nada disso na nossa época”, disse Claro.
Segundo o parlamentar, os Detrans em todo o País têm como padrão a terceirização da emissão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação). “É assim em todo o Brasil, são empresas que emitem, os Detrans não fazem isso. Trabalhamos para que o serviço chegasse a Dourados e Três Lagoas e que o preço baixasse”, finalizou.
Motor de Lama
A nova fase da Operação Lama Asfáltica investigou a operacionalização de suposto esquema de favorecimento da ICE. Nesta fase, o filho de Reinaldo, Rodrigo Souza e Silva; os empresários João Baird e Antonio Celso Cortez e mais 11 foram alvos da ação.