Dois deputados de MS já se posicionam a favor do impeachment de Bolsonaro

Com crise de Manaus e vacinação, há possibilidade da Câmara se reunir para discutir afastamento

Vinícius Squinelo

Dois dos oito deputados federais de Mato Grosso do Sul já se posicionaram oficialmente a favor do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (PDT). Dagoberto Nogueira (PDT) e Vander Loubet (PT) seguiram a oposição brasileira em campanha pela destituição do chefe do Executivo.

Dagoberto foi o primeiro deputado federal sul-mato-grossense a se posicionar contra o atual presidente. “Precisamos frear os crimes em série desse governo genocida e por isso o nosso PDT e demais partidos da oposição estão entrando com novo pedido de impeachment contra Bolsonaro”, afirmou, via redes sociais.

Os crimes de responsabilidade cometidos por ele estão matando a nossa população. O que está acontecendo em Manaus pode acontecer nas demais cidades se não tomarmos uma atitude drástica para protegermos a população desse genocida – Dagoberto Nogueira, deputado

Vander teve o posicionamento revelado por um dos líderes do Partido dos Trabalhadores: o ex-presidenciável Fernando Haddad, em ‘listão’ divulgado por ele.

Neste domingo Campo Grande registrou carreata pela saída do presidente

Contra o impeachment MS tem os dois deputados federais do PSL: Luis Ovando e Loester Trutis. Bia Cavassa deve acompanhar posicionamento contra o impeachment, já que sua vaga federal depende unicamente da ministra Tereza Cristina, de quem é suplente.

Os deputados Beto Pereira (PSDB), Fábio Trad (PSD) e Rose Modesto (PSDB) ainda não se posicionaram sobre o tema.

Com a gestão federal da pandemia cada dia mais questionada e o colapso em Manaus, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM) pode convocar sessão extraordinária na Casa. A base do presidente Bolsonaro não descarta que seja colocado em discussão um dos mais de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro.

Para o processo ser aprovado são necessários votos de 342 dos 513 deputados federais brasileiros, mas tem seus riscos a todos. Ao presidente, de ser cassado. Aos oposicionistas, de serem derrotados e verem Bolsonaro sair ainda mais forte.

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