Assembleia elege novo presidente e consenso aponta para permanência de Corrêa

Além disso, a expectativa que José Teixeira (DEM), também seja mantido como 1º secretário

Flávio Veras

O atual presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), deputado Paulo Corrêa (PSDB), deverá ser reconduzido ao comando da Casa na sessão ordinária, desta quinta-feira (10), que marcará a eleição de Mesa Diretora. Além dele, a expectativa é que o atual primeiro-secretário, José Teixeira (DEM), também seja mantido no posto.

No entanto, nos bastidores da Casa, é ventilado que em outras funções podem ser que haja mudanças,  principalmente porque haveria descontentamento nesse período de articulações. A eleição na Casa é uma caminhada em fio tênue que se encerra nesta quinta-feira, quando a futura Mesa Diretora será escolhida pelos 24 parlamentares.

Mas, de um lado, há movimentação para que a chapa única conste com os sete nomes da Mesa Diretora que hoje responde pelo comando da Casa, de outro, existem conversações nos grupos políticos para que ocorram mudanças.

O nome do atual presidente, Paulo Corrêa (PSDB), é consenso entre os demais parlamentares para voltar ao cargo e exercê-lo até 2021.

Deputados ouvidos a respeito do tucano ter recebido o apoio para reeleição dizem que, em sua gestão, ele conduziu a Assembleia de maneira segura e, mesmo com o avanço da pandemia no País e no Estado, manteve o equilíbrio necessário para que o poder pudesse respaldar as ações dos demais, principalmente o Executivo, no enfrentamento à doença e em atendimento aos interesses da população.

A questão da primeira-secretaria, hoje sob o comando do deputado José Teixeira (DEM), não deixa de causar ruídos em todas as eleições de Mesa. Segundo cargo mais importante da Assembleia Legislativa, tem sua cadeira cobiçada pelos demais parlamentares.

Deputado experiente, articulador e conhecedor do caminho das pedras, o democrata teria conseguido apoio suficiente –15 votos – entre os 24 parlamentares para se habilitar mais uma vez ao cargo.

No início das articulações, sabe-se que chegou a ser cogitado o nome do deputado Gerson Claro (PP), atual líder do governador Reinaldo Azambuja na Casa de Leis. Mas os entendimentos não prosperaram e José Teixeira teria fortalecido o seu nome.

Outros cargos

Além da presidência e da primeira-secretaria, a Mesa Diretora possui outros cinco cargos: 1ª, 2ª e 3ª vice-presidências; 2ª e 3ª secretarias. Os três primeiros são ocupados, respectivamente, por Eduardo Rocha (MDB), Neno Razuk (PTB) e Antonio Vaz (Republicanos). Nos demais cargos estão Herculano Borges (Solidariedade) e Pedro Kemp (PT), respectivamente.

O deputado Herculano Borges disse ter interesse em continuar no cargo de 2º vice-presidente e, por isso, está mantendo seu nome como candidato.

O tucano Rinaldo Modesto disse que realmente há um desejo da reedição da mesma chapa que foi eleita para os dois primeiros anos.

O parlamentar elogiou a atuação do presidente Paulo Corrêa, por manter a harmonia entre os poderes e, sobretudo, no Legislativo. Ele entende que existem todas as condições para que a atual Mesa Diretora seja reeleita.

Já o parlamentar Coronel David (sem partido) disse esperar que seja mantido acordo feito anteriormente, quando houve posição em se apoiar nomes para mudança na futura Mesa Diretora.

Ele acredita que até o dia da eleição outros parlamentares deverão se inscrever para a disputa, com exceção das votações para a presidência e a 1ª secretaria. Salientou que vai manter sua postura inicial quando do acordo em torno de outros nomes.

Assim, a expectativa de que a mesma chapa da eleição anterior seja repetida pode não ocorrer novamente em sua totalidade. Para que isso ocorra, há necessidade de grande poder de articulação dos interessados em viabilizar os respectivos nomes para continuar integrando a futura Mesa Diretora.

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