Consenso para reeleger Corrêa não é o mesmo para o restante da mesa

O 1º secretário, deputado José Teixeira (DEM), deve permanecer no cargo; o mesmo não vale para outras funções

Com exceção do presidente, Paulo Corrêa (PSDB), e do primeiro-secretário, José Teixeira, que conseguiram reunir consenso para serem reeleitos pelos seus colegas, a possibilidade de serem mantidos os mesmos parlamentares nos atuais cargos que ocupam ainda é uma incógnita, principalmente porque haveria descontentamento nesse período de articulações.

A eleição na Casa é uma caminhada em fio tênue que se encerra nesta quinta-feira, quando a futura Mesa Diretora será escolhida pelos 24 parlamentares.

Mas, de um lado, há movimentação para que a chapa única conste com os sete nomes da Mesa Diretora que hoje responde pelo comando da Casa, de outro, existem conversações nos grupos políticos para que ocorram mudanças.

O nome do atual presidente, Paulo Corrêa (PSDB), é consenso entre os demais parlamentares para voltar ao cargo e exercê-lo até 2021.

Deputados ouvidos a respeito do tucano ter recebido o apoio para reeleição dizem que, em sua gestão, ele conduziu a Assembleia de maneira segura e, mesmo com o avanço da pandemia no País e no Estado, manteve o equilíbrio necessário para que o poder pudesse respaldar as ações dos demais, principalmente o Executivo, no enfrentamento à doença e em atendimento aos interesses da população.

Além disso, Paulo Corrêa manteve ponte política de fácil trânsito com o Executivo, até porque pertence ao mesmo partido do governador Reinaldo Azambuja.

A votação de projetos polêmicos, porém de extremo interesse para o Estado, foi conduzida de maneira que se respeitou a atuação de cada parlamentar e sua ideologia, sem que houvesse crises internas na Casa.

A questão da primeira-secretaria, hoje sob o comando do deputado José Teixeira (DEM), não deixa de causar ruídos em todas eleições de Mesa. Segundo cargo mais importante da Assembleia Legislativa, tem sua cadeira cobiçada pelos demais parlamentares.

Deputado experiente, articulador e conhecedor do caminho das pedras, o democrata teria conseguido apoio suficiente –15 votos – entre os 24 parlamentares para se habilitar mais uma vez ao cargo.

No início das articulações, sabe-se que chegou a ser cogitado o nome do deputado Gerson Claro (PP), atual líder do governador Reinaldo Azambuja na Casa de Leis. Mas os entendimentos não prosperaram e José Teixeira teria fortalecido o seu nome.

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