Presidente da Santa Casa reforçou necessidade de atualização da taxa do SUS e possibilidade de privatização do Hospital
O Hospital do Trauma começou a funcionar em Campo Grande em setembro de 2018. A unidade foi lançada em 1990 e precisou passar por diversas alterações até o seu lançamento. Antes, o local seria uma maternidade, no entanto, devido à necessidade, virou uma extensão da Santa Casa para atender a demanda de ortopedia.
No local são 110 leitos de enfermaria, sendo que 51 estão em pleno funcionamento, 18 de observação e 10 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), além de cinco salas de cirurgias e duas salas de pequenos procedimentos. De setembro a dezembro, cerca de 2.928 pacientes passaram pelo local, foram mais de 387 cirurgias em pacientes, e 800 procedimentos cirúrgicos.
Para o presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, a melhor resposta das melhorias na qualidade do atendimento do hospital, são dadas pelos pacientes.
“Tem dias que a gente passa lá e as pessoas se emocionam, porque muitas delas nunca tiveram um tratamento humanizado da forma que estão recebendo”, comenta.
Esacheu acredita que a evolução é grande, mas que algumas melhorias ainda precisam se feitas. Ele reforça que a Santa Casa fez e ainda faz tudo o que é possível para que continue desse jeito, no entanto, ainda existe a questão da contratualização.
“Nós cumprimos o nosso cronograma, no entanto, agora dependemos do Município, o Gestor pleno de Saúde, assinar a contratualização ampliando os serviços para que nós possamos funcionar plenamente. Aí vai funcionar o pronto-socorro que é a entrada de urgência e emergência do trauma”, reforça o presidente.
(Foto: André de Abreu)
Ele reforça que o processo de contratualização já foi montado e agora tramita na Secretária de Assistência Social em Brasília.
“O processo para contratualização, nós cumprimos, montamos o plano de custo geral do espaço, apresentamos ao município e Estado, que mandaram para Brasília, e agora tramita lá na Secretaria de Assistência da Saúde. Era para o antigo ministro assinar a portaria, aumentando em R$ 6 milhões o repasse, mas não houve essa assinatura, agora é esperar que o novo ministro Luiz Henrique Mandetta assine”, reforça.
Questionado sobre a expectativa de assinatura, Esacheu acredita que, neste mês, a situação seja resolvida, já que Mandetta era do corpo clínico da Santa Casa.
“Nós fizemos a nossa parte, tanto na obra quanto nos equipamentos, estamos com a consciência tranquila e sensação de dever cumprido”, comenta.