#EleNão: candidata de Bolsonaro é recebida com vaias e gritos durante debate

O fato aconteceu após a candidata defender o aliado de partido e candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro

nna Gomes e Rodson Willyams

A candidata ao Senado Soraya Thronicke (PSL) recebeu vaias e vários gritos de ‘EleNão’ durante debate realizado na Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) na manhã desta quarta-feira (19), em Campo Grande. O fato aconteceu após a candidata defender o aliado de partido e candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro.

“Nessa eleição muitos candidatos têm um grande índice de infidelidade ao partido, alguns apoiam partidos de coração e outros por oportunismo. Meu candidato não merece ser esfaqueado”, disse Soraya, que foi seguida de várias vaias após o pronunciamento.

Quando interrogada sobre as manifestações realizadas contra o candidato Jair Bolsonaro, ela desconversa e diz que tudo não passa do ‘medo de um pulso firme no poder’.

“As pessoas ficam com medo que uma pessoa como ele conduza o país. Quanto às pessoas que estão se manifestando contra, prefiro não comentar, mas os brasileiros que vestiram verde e amarelo querem ver um futuro no país. Eu penso que o Bolsonaro não é investigado na Lava-Jato e não é contra as mulheres. Ele sim”, disse a candidata.

Manifestações #EleNão

Previsto para daqui dois sábados, em 29 de setembro, no período da tarde, em Campo Grande, mulheres que compõem correntes políticas contrárias – uma contra e outra a favor – a candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro, do PSL, marcaram um encontro cujo desfecho da solenidade é tido como imprevisível.

A ideia de apoiar ou protestar contra o candidato Bolsonaro, internado desde 7 de setembro, dia que sofreu atentado a facada, em Juiz de Fora (MG), ganhou força nesta terça-feira (18), com recados divulgados pelo Facebook.

As anti-Bolsonaro assim se manifestaram no convite:

“Acreditamos que nós, mulheres, devemos falar por nós mesmas e nos organizarmos com respeito e sonoridade (união e aliança entre mulheres)”, inicia o brado pelo ato.

“Por isso, a organização deste ato é 100% feminina e horizontal: ainda que apareça neste evento que seu organizador é um homem, ele não faz parte da organização e isso só ocorre por ele ter criado o evento aqui no face”, segue a convocação pelo “#EleNão”.

A ideia em questão cita o comunicado, é parte de um movimento nacional, já conhecido como “Mulheres Unidas contra o fascismo e Bolsonaro”. O ato é tido como meio de repudiar contra “as posições machistas, racistas e homofóbicas do candidato Bolsonaro”.

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